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Bernardo Borges,
36 anos, designer
Como tirou a licença: Virou freelancer quando decidiram ter filhos. Depois trabalhou 6 meses de casa quando os gêmeos nasceram. Voltou para um emprego, mas pediu demissão para ficar mais próximo de novo.
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Foto: Rogério Borges

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Meus filhos foram prematuros e ficaram 50 dias no hospital. A gente chegava no hospital as 7 da manhã e só saía às 7 horas da noite. E eu era um pai que estava sempre presente. Eu fazia o canguru com eles, que é quando a gente pega o bebê e põe no colo, no contato pele a pele. Eu só fiz isso porque eu estava lá, no hospital, o tempo todo. Pais sem licença só faziam isso no final de semana."
Quando a gente começa a interagir com os filhos, e eles com a gente, a paternidade se torna um espelho. Eles devolvem exatamente aquilo que veem na frente. São uma esponja, que absorve tudo o que você fala e faz e devolve exatamente aquilo que você é depois. "

Não acho que seja ultradeterminante estar lá desde o comecinho, porque eu acho que é possível criar vínculo em qualquer momento. Mas os primeiros  anos são primordiais na formação da criança, né?  Inclusive para criar neles a figura do pai, a figura masculina."

A partir do momento em que você está mais presente com os filhos, obviamente você trabalha menos, e traz menos dinheiro para a casa. No fim, você se sente bem porque está dando apoio nesse momento delicado, mas você também se sente mal de não estar dando tanto suporte financeiro pra família. Mas nunca me senti menos homem por estar presente com meus filhos, muito pelo contrário. É algo que me completa muito mais do que qualquer outra coisa. Não acho que seria mais homem se eu fosse muito bem sucedido financeiramente, se eu ganhasse rios de dinheiro.

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"É uma questão muito difícil encontrar esse equilíbrio. Quanto tempo eu fico fora de casa fazendo minhas coisas e o quanto isso está ligado à minha saúde mental e emocional?"
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